quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Uma nova ameaça ao jornalismo: Nova tecnologia compõe textos sem intervenção humana

Um novo software desenvolvido pela empresa norte-americana Narrative Science é capaz de transformar dados brutos em textos gramaticalmente correctos, sem autoria nem edição humana. 
Desenvolvido ao longo de dez anos, o programa foi inicialmente concebido para a informação desportiva, mas está já a expandir o seu mercado. O portal «Big Ten Network» usa este software para distribuir sumários dos jogos assim que terminam. O primeiro texto, ou “história”, como diz a empresa, automaticamente gerado descrevia um jogo de basebol da equipa Northwestern Wildcats. 
 Lançada formalmente no início de 2010 e com sede em Chicago, a Narrative Science desenvolveu uma tecnologia avançada que permite transformar “informação em conteúdos editoriais de alta qualidade”, dizem na sua página oficial. O software é capaz de escrever artigos novos em tempo real a partir de informação em bruto, seja numérica ou textual, estruturada ou não. Relatórios financeiros, informação imobiliária e sondagens podem também ser usados para gerar artigos legíveis em apenas alguns segundos. 
 A empresa norte-americana está agora a trabalhar com 20 empresas, não só na produção de relatos desportivos mas também de artigos para jornais de medicina.

2011-09-13

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O CERN não anda à ‘caça dos gambozinos’ (Físico teórico John Ellis em entrevista ao «Ciência Hoje»)


John Ellis é um dos físicos teóricos mais reputados do globo. Veio da Universidade de Cambridge e, após ter estado uns anos nos Estados Unidos, já está na Organização Europeia para a Física de Partículas (CERN) desde 1973. Poderemos dizer que algumas das grandes teorias da Física lhe foram atribuídas e parte das experiências a decorrer no Laboratório de Física de Partículas têm ‘dedo’ seu.

 As suas actividades são bastante abrangentes mas é especialmente conhecido por ter ajudado Dimitri Nanopoulos a unificar a «Teoria das cordas», com o modelo padrão, por ter inventado o «Diagrama Pinguim» (um tipo de diagrama de Feynman) e ter criado a «Teoria do Todo» (ToE – Theory of Everything).

 Para o físico britânico, o Grande Colisor de Hadrões (LHC) do CERN é como se fosse “o maior microscópio já construído” e, com ele, os cientistas vão poder examinar partículas de matéria e talvez conseguir “reproduzir o início do universo” e explicá-lo. Com os seus colegas do CERN trabalha actualmente na experiência ATLAS – uma das maiores do LHC.
Ciência Hoje (C.H.): Em que tipo de projectos está actualmente envolvido no CERN?
John Ellis (J.E.): Bem... Sou físico teórico e, sendo assim, desenvolvo teorias para as experiências, ou seja, alguns dos projectos a decorrer actualmente no CERN tentam atestar essas ideias. Algumas das teorias preditas já foram aqui corroboradas. Neste momento, colaboro na experiência ATLAS mas não faço experiências eu próprio, apenas dou sugestões.

C.H: É considerado um dos maiores físicos teóricos do mundo. O que fez para conseguir tal lugar no planeta?
 J.E.: Não sei bem, na verdade (risos)! Durante a minha carreira houve vários acontecimentos na área da Física que abriram novos horizontes – isto voltando aos anos 1970 –, mas o LHC abriu portas a um mundo completamente diferente. Costumo dizer que sempre tive muita sorte por estar no sítio certo, na hora certa. Propus algumas ideias, tais como procurarem o Bosão de Higgs, sugeri a forma de encontrar os gluões e que os quarks estariam na constituição da matéria nuclear, publiquei trabalhos sobre as diferenças entre matéria e anti-matéria, fui uma das primeiras pessoas a explorar a relação entre física de partículas e cosmologia e a natureza da matéria negra. Devo dizer que, durante os últimos 30 anos, a Física de Partículas encontrou modelos mais constantes e estou contente por ter estado entre os que ajudaram a que isto acontecesse.


Cientista responsável por ter desenvolvido a «Teoria do Todo».
C.H.: Existem imensas suposições, tal como a possibilidade de encontrar o Bóson de Higgs, a partícula que poderá explicar a origem do universo, mas não se sabe se existe. Há ainda o CAST, uma secção que se dedica à procura dos axiões, partículas que também não se sabe se existem, apenas se supõe que estejam retidas no interior do sol. O CERN é uma estrutura imensa, cujas experiências englobam milhares de pessoas, verbas, tempo e tecnologia. Não será um investimento demasiado grande para caçar gambozinos?
 J.E.: Não trabalhamos apenas em teorias… (risos) As pessoas desenvolvem diferentes projectos e só aqui quase dez mil cientistas de todo o mundo participam nessas experiências, para além de contarmos com o apoio de grandes universidades, como o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), entre outras. Se pensarmos que existem sete mil milhões de pessoas no planeta e algumas centenas se dedicam à Física fundamental, isto é uma pessoa num milhão, não é muito para descobrir a natureza, de que é feita a matéria, como o universo se tornou naquilo que vemos, etc. A Física estuda o universo, mas pelo caminho trouxemos inovação, desenvolvemos novas tecnologias. Por exemplo, a World Wide Web foi criada aqui… Há 29 anos não podíamos partilhar dados e, depois disso, revolucionámos a economia mundial. Ajudamos a melhorar tecnologias em Medicina com efeitos directos na saúde… Podemos esperar que o LHC nos faculte uma resposta mas não sabemos qual será.

 C.H.: O que o entusiasma mais na Física?
 J.E.: Não sabemos se algumas das teorias estão certas ou não, mas uma das coisas mais excitantes do LHC é podermos descobrir se as grandes ideias que giram em torno do modelo padrão estão certas ou não.


C.H.: Algumas das suas teorias estão aplicadas em projectos a decorrer, neste momento, em pleno CERN. Fale-me um pouco delas.
 J.E.: A experiência ATLAS e a CMS são duas das maiores que se dedicam a procurar o Bosão de Higgs, a simetria e talvez a matéria negra. O ‘paper’ que estou a escrever neste momento, com alguns colegas, interpreta alguns dados do software que analisa o LHC e a sua simetria.

C.H.: O LHCb dedica-se à procura da anti-matéria. Por que lhe conferem tanta importância?
 J.E.: A existência da anti-matéria foi ‘teoricamente predita’ no início dos anos 20 e muito depois foi encontrada nos raios cósmicos. Desde então, tem sido um instrumento para chegar a diferentes respostas, inclusivamente, na medicina. Por exemplo, em técnicas de diagnóstico médico, através de tomografias, a emissão de positrões é baseada em partículas de anti-matéria mas é também usada em ciência material e tornou-se mesmo uma parte do nosso dia-a-dia. A anti-matéria será exactamente como a matéria, mas oposta a esta. Terá a mesma massa com carga oposta e comportam-se de forma diferente e o objectivo do LHCb é compreendê-la melhor.

C.H.: O que aconteceriam se matéria e anti-matéria voltassem a existir nas mesmas quantidades?
J.E.: Caso isto acontecesse veríamos partículas de matéria e anti-matéria a colidirem de forma a produzirem energia. Se, por exemplo, a Lua fosse feita de anti-matéria, explodiria, sim. Portanto, a Lua não é feita de anti-matéria.

CH.: E caso o LHC negue algumas das teorias já assumidas como verdadeiras…?
 J.E.: Precisamos de algumas pistas para nos dirigirmos sem seguirmos o modelo padrão e o LHC poderá refutar ou confirmar algumas. Muitos colegas nossos têm ideias potencialmente interessantes. Por exemplo, alguns pensam que o Bosão de Higgs pode ser recriado em espaço extra-dimensional... Seria interessante... Não sei... Talvez....



2011-09-12
Por Marlene Moura (Texto e Fotos) em Genebra com o apoio da Ciência Viva

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

CERN fala português durante uma semana (Programa para professores e alunos em Genebra)

O maior laboratório de partículas do mundo, localizado na região noroeste de Genebra, na fronteira Franco-Suíça, é uma das instituições mais internacionais a nível mundial, onde passam diariamente pelo menos sete mil pessoas de diferentes países, entre visitantes, palestrantes e investigadores residentes e colaboradores. As línguas faladas são as mais variadas; no entanto, durante esta semana, o CERN fala maioritariamente em português nos espaços comuns – já que acolhe a 5ª edição da Escola de Professores no CERN em Língua Portuguesa, onde se encontram docentes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), da área das Ciências Físico-Químicas – uma iniciativa sob a chancela do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), que no final procede à avaliação e certificação dos formandos. O privilegiado programa é constituído por palestras feitas por investigadores a trabalhar nesta Organização Europeia para a Investigação Nuclear – que a uma dada altura passou a chamar-se Organização Europeia para a Física de Partículas –, e por visitas guiadas aos vários aspectos da estrutura (experiências e aceleradores). A língua de trabalho é sempre o português, sendo os professores acompanhados por investigadores do nosso país. Fátima Vieira é do Porto e professora na Maia; salientou ao «Ciência Hoje» que esta é “uma oportunidade única para saber um pouco mais sobre Física de Partículas, no lugar onde tudo acontece”. CPLP no CERN Inicialmente, o programa da Escola de Professores no CERN em Língua Portuguesa era apenas dirigido a docentes do nosso país. O repto foi lançado por Gaspar Barreira, presidente do LIP, em 2007 e bem aceite. Em 2008, já integrou brasileiros e moçambicanos. Sendo o presidente do LIP, ainda responsável pela UNESCO para a Física de Partículas, uma das suas preocupações foi abrir o CERN aos países subdesenvolvidos e, hoje já acolhe angolanos, são-tomenses, e um timorense (nesta edição). Em 2009, o CERN integrou um grupo mais vasto, após certificar-se que não lesaria nenhum dos estados-membros (22 actualmente). Aliás, Pedro Abreu, investigador do grande ‘agregador’ português de Física Experimental (LIP), que acompanha estreitamente as experiências do CERN e funciona ainda como conselheiro – referiu ao Ciência Hoje que os três principais objectivos deste programa são “actualizar os professores no âmbito destas áreas científicas, no local onde as experiências se fazem; desmistificar o CERN enquanto instituição europeia e mostrar que é acessível, até mesmo aos alunos que queiram seguir carreira de investigação e estabelecer o contacto entre cientistas e professores”, de forma a que estes levem informação refrescada aos alunos. 
 Os participantes no programa são rigorosamente seleccionados sob avaliação curricular – sendo prioritários aqueles que estão ligados à Física de partículas ou Nuclear. Por exemplo, um docente com interesse por Biologia não se define como público-alvo. Por ano, podem concorrer 200 pessoas, mas apenas 40 irão ao CERN. O conteúdo programático é da responsabilidade do LIP e o projecto é inteiramente financiado pela Ciência Viva. Quem se candidatar pela segunda vez é por norma excluído. No entanto, poderá participar noutros programas e até trazer alunos, se o entender. Neste caso, os custos por participante poderão variar entre os 250 e 500 euros. Equipa vencedora de Aveiro no CERN Impulsos no CERN A este grupo, mas apenas nas visitas e algumas palestras, juntam-se os alunos vencedores, da Escola Secundária c/ 3.º CEB Dr. Mário Sacramento (Aveiro), do concurso «Se eu fosse Cientista…», organizado pelo «Ciência Hoje» e pela Ciênvia Viva. A equipa de Aveiro, chamada de ‘Impulsos’, constituída por Marta Canha, Mário Ferreira e Miguel Ferreira (com a colaboração de João Neves e Yuriy Muryn) e acompanhada pelo professor Sérgio Ramos, ganhou uma viagem ao CERN, em Genebra, com um trabalho sobre a vida de Egas Moniz. Os estudantes, agora com o pé na universidade, divididos entre Medicina e Ciências Farmacêuticas, são visivelmente um grupo que se distingue pelo seu interesse nas ciências e vida académica. Aliás, um deles, Miguel Ferreira, preferiu preterir do passeio para não perder os primeiros dias na nova instituição de ensino. Entretanto, os restantes vivem o momento com entusiasmo e chegaram a fazer um diário de viagem, que vão actualizando. Esta semana, o laboratório de partículas acolheu ainda uma escolha da Covilhã.

2011-09-07
Por Marlene Moura em Genebra com o apoio da Ciência Viva

Fonte:  http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=50805&op=all

sábado, 3 de setembro de 2011

Cientistas conseguem detectar precocemente tempestades solares

Estudo publicado na «Science» apresenta dados das missões Stereo e Soho 

 As observações realizadas pelas missões solares Soho e Stereo, da agência espacial norte-americana NASA, revelaram novos dados que ajudarão a conhecer melhor a evolução das tempestades solares. Esse fenómeno pode danificar satélites e provocar falhas nas comunicações. Cientistas da Universidade de Stanford (Califórnia) desenharam um novo método para detectar a chamada ‘ejecção de massa coronal’, que provoca as auroras boreais mas também a interrupção das comunicações. As erupções solares emergem do interior da estrela, explodem na sua superfície e lançam uma bolha de plasma que provoca uma onda e se expande através do sistema solar. A existência dessas erupções está documentada mas os cientistas continuam a estudar como detectá-las antes que se formem para poderem evitar as suas consequências. Para além de serem perigosas para as comunicações, podendo provocar apagões na Terra, são também um perigo para os astronautas que estão no espaço. Os dados do Observatório Solar e Heliosférico SOHO, uma missão conjunta da e da Agência Espacial Europeia ESA, foram analisados pela equipa de Stathis Ilonidis. Neles, detectaram-se sinais da formação de manchas solares emergentes antes de chegarem à superfície do sol. O estudo publicado na revista «Science» indica que os campos magnéticos emergem de 0,3 a 0,6 quilómetros por segundo e provocam manchas solares um ou dois dias depois de serem inicialmente detectadas. Foram também apresentadas novas imagens captadas pelas naves gémeas STEREO, lançadas em 2006 para aperfeiçoarem a capacidade de prever tempestades solares. A sua nitidez vai melhorar a capacidade de observação e estabelecer novos modelos de previsão.


 2011-08-22

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Físicos têm dificuldade em encontrar a 'Partícula de Deus'

LHC teve primeiros resultados promissores sobre Bóson de Higgs

 O acelerador pretende reproduzir fugazmente o "Big Bang". Um grupo de cientistas internacionais, que tenta identificar o Bóson de Higgs – também conhecido como a partícula de Deus –, o maior enigma da física moderna, indicou que a evidência da existência desta partícula que supostamente concede massa aos objectos, está cada vez mais difícil de encontrar. O físico Howard Gordon, vice-director do programa de operações norte-americano Experimento ATLAS, referiu não existe qualquer evidência na região de baixa massa, “onde é provável que esteja”. O Experimento ATLAS é um dos cinco detectores de partículas (junto a ALICE, CMS, TOTEM e LHCb) no Grande Colisador de Hadrões (LHC), o novo acelerador de partículas do Conselho Europeu para a Investigação Nuclear (CERN), na Suíça. Em Julho passado, os físicos anunciaram em conferência de imprensa europeia que uma das experiências do LHC teve resultados promissores sobre a presença do Bóson de Higgs, com conclusões esperadas para o final de 2012. Caso exista, o Bóson de Higgs, descrito como a "partícula de Deus" por ser um mistério e, ao mesmo tempo, uma potente força da natureza, representa a última peça do Modelo Padrão da Física. No entanto, os físicos não estão dispostos a descartar a possibilidade de que exista, e o acelerador de partículas ainda deve examinar uma grande quantidade de dados na frequência baixa do espectro. O acelerador pretende reproduzir fugazmente o "Big Bang". O LHC, situado perto de Genebra, Suíça, foi criado para fazer a aceleração dos protões quase à velocidade da luz e depois destruí-los em laboratórios onde os detectores registaram os restos subatómicos. O processo alcança temperaturas 100 mil vezes mais altas que as do Sol, emulando fugazmente as condições que prevaleceram nas fracções de segundo que sucederam o "Big Bang", que criou o Universo há 13,7 mil milhões de anos.


2011-08-23

Televisores 3D e com internet são a grande atração de feira em Berlim


TV com internet, as novidades da tecnologia 3D e os mais novos smartphones e computadores tablet estão entre as principais atrações da IFA, a maior feira mundial de eletrônicos, aberta em Berlim.

Televisores com conexão de internet, diversos aparelhos com tecnologia 3D e os mais novos lançamentos nos setores de smartphones e computadores portáteis tablet são as principais atrações da IFA, a maior feira mundial de eletrônicos, que nesta sexta-feira (02/09) abriu seus portões ao público em Berlim. O evento, que vai até a próxima quarta-feira, reúne 1.441 expositores de mais de 80 países e espera atrair mais de 230 mil visitantes. Apesar da crise, este ano a feira cresceu em tamanho. Com os atuais 140 mil metros quadrados, a área de exposição nunca foi tão grande. "A digitalização pode nos trazer paz, liberdade e prosperidade", afirmou o ministro alemão da Economia, Philipp Rösler, na cerimônia oficial de inauguração da IFA, realizada na noite de quinta-feira. "Somos todos testemunhas de uma revolução, de uma verdadeira revolução digital", disse, referindo-se às revoltas nos países árabes, que não teriam sido possíveis sem a internet. "Com as novas tecnologias também são criados muitos novos e interessantes campos de negócios e novos empregos", complementou o político, afirmando, ainda, que "a tarefa das empresas é aproveitar essas oportunidades". Todos contra a Apple Os iPads continuam sendo referência Os computadores de mão conhecidos como tablet continuam sendo a nova febre do mercado de informática, com vendas crescentes – enquanto o mercado de PCs e notebooks apresenta sensível desaquecimento.
 Embora a fabricante Apple domine o segmento, com seu iPad, o futuro do setor ainda está em aberto. Marcas como Sony, Samsung e Acer lançam novidades, tentando emplacar diferenciais para atrair a atenção dos consumidores. Vice-líder na área de tablets, a sul-coreana Samsung mostra em Berlim um novo dispositivo maior que um smartphone e menor que um tablet. O Galaxy Note tem uma tela de 5,3 polegadas (13,5 centímetros) e é uma espécie de bloco de anotações com funções de celular inteligente. Uma caneta digital permite que o usuário faça esboços e desenhos na tela do aparelho. A empresa, entretanto, não pôde trazer a Berlim a versão mais atual do maior concorrente do iPad. Uma briga na Justiça impede a apresentação do Galaxy 10.1, acusado pela Apple de ser cópia de seu iPad. A IFA 2011 quer atrair mais de 230 mil visitantes Outra atração da feira são os televisores com tecnologia 3D e com acesso à internet. A Philips, maior fabricante europeia de eletrônicos de consumo, fechou em Berlim uma aliança com seus concorrentes asiáticos Sharp e LG e o produtor de televisores alemão Loewe. As quatro empresas acertaram a criação de um ambiente comum de programação para TVs com acesso à Internet (Smart TV), segundo informou Robert Smits, gerente da Philips TV. As empresas querem facilitar a criação de serviços baseados na internet para televisão. Uma "Smart TV" não só reproduz programas televisivos, como também conteúdo da internet, como vídeos do YouTube ou de sites de canais de televisão. Também músicas, fotos e vídeos oriundos de um smartphone ou de um computador externo podem ser reproduzidos, e programas de televisão podem ser gravados direto num disco rígido externo. 

 Revisão: Alexandre Schossler

Nova técnica para “fazer chuva” (Investigadores da Universidade de Genebra desenvolvem método utilizando raios laser)

Investigadores utilizaram laser para condensar água
 Uma nova técnica que num futuro pode provocar chuva está a ser desenvolvida por uma equipa de investigadores da Universidade de Genebra e de institutos de investigação alemães. O método utiliza um laser que provoca a condensação de água e o crescimento de gotas na atmosfera até vários micrómetros de diâmetro; isto desde que haja uma humidade relativa superior a 70 por cento. O estudo está publicado na «Nature Communications». Os cientistas experimentaram o laser sobre o rio Ródano (Suíça) e verificaram que se formaram gotas. Estas não são, no entanto, suficientemente pesadas para que se faça chuva. Os investigadores acreditam que quando conseguirem fazê-las umas centenas de vezes maiores poderão provocar aguaceiros. 
 O método funciona através do disparo de raios laser para o ar, criando partículas de ácido nítrico que atraem as moléculas de água e evitam que se evaporem. As partículas de tamanho micrométrico formam-se de maneira estável e persistem durante pelo menos 20 minutos, o que, segundo os cientistas, demonstra que a condensação não é algo transitório que acontece só durante o disparo do laser. É sim um processo que permite o crescimento de gotas estáveis. O senão desta técnica é que, para funcionar, é necessário existir já uma humidade elevada, não sendo assim útil para climas secos, onde a chuva é mais necessária. Os investigadores afirmam que vão continuar a aperfeiçoar a técnica. De referir que a mesma equipa tinha feito já uma primeira experiência, de uma forma ainda mais rudimentar, o ano passado, em Berlim. 

 Artigo: Field measurements suggest the mechanism of laser-assisted water condensation 

 2011-08-31